Caminho errado!

A questão dos royalties da exploração do petróleo não deve e nem pode ser tratada de forma emocional, como estão fazendo o prefeito da cidade do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o governador do Estado, Sérgio Cabral. Além de infantil, esta postura pode levar a um acirramento de conseqüências imprevisíveis. Afinal, uma coisa é chamar a população para participar do debate; outra coisa é chamar a população para protestar. Ontem, com o patrocínio do município e do Estado, a Cidade Maravilhosa amanheceu com os seus monumentos históricos e turísticos cobertos de faixas de protesto contra a decisão da Câmara dos Deputados, que em 1ª instância optou pela divisão dos royalties entre todos os Estados. Em partes "quase iguais". Ao invés desta atitude populista, oportunista e eleitoreira - Cabral é candidato a reeleição - o governador fluminense deveria constituir uma bancada suprapartidária, envolvendo todos os politicos do Rio de Janeiro e outros Estados atingidos pela decisão - senadores e deputados - e trabalhar junto aos colegas para demovê-los da decisão que tomaram. Este seria o caminho político mais tranqüilo e mais seguro. O choro em público, a chantagem e o afrontamento não vão nos levar a lugar algum. Ao contrário. Vejo estas posturas como um retrocesso político. E vou além. A decisão é por demais importante para ser tomada por uns poucos nada confiáveis. A população deveria exigir um plebiscito sobre o tema e chamar para si a decisão. Fosse qual fosse o resultado, este teria que ser aceito sem discussão. O povo, entende este blogueiro, deve ser chamado para ajudar a decidir e não para "discutir e brigar". Esta mais do que na hora de "crescermos" politicamente. E para tanto, faz-se necessário abandonar determinadas posturas antigas e ultrapassadas. .

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