Limites, mas com regras claras

O consumo em excesso de bebidas alcóolicas - fermentadas e destiladas - faz, de fato, mal a saúde? O consumo exagerado de guloseimas é maléfico para a saúde e o desenvolvimento normal das crianças? Se as entidades médicas e científicas respoderem estas questões de forma positiva e respaldada por estudos e pesquisas sérias e bem aprofundadas, não vejo razão para a Justiça impedir que órgãos governamentias imponham restrições a certos tipos de comunicação que visam estimular o consumo destes produtos. Não sou especialista em nada, mas entendo que se existe comprovação científica de que o consumo disto ou daquilo pode causar mal a saúde humana, à médio ou longo prazo, então não cabe contraposição, a não ser que seja na mesma "moeda", de forma científica. Não sei como é possível julgar uma liminar, por exemplo, tendo numa das mãos um estudo científico e na outra um texto constitucional que fala em liberdade comercial. Na minha "santa ignorância" - reitero, não sou especialista em nada, mas apenas um consumidor preocupado com a saúde - uma coisa não combina com a outra. Não se misturam. Imagino como deve ser difícil este tipo de decisão! De qualquer forma, no final da linha, a conta por qualquer dano à saúde - por álcool, guloseimas ou tabaco - cai no colo do governo, ou melhor, do contribuinte. Como se sabe, a maior parte dos brasileiros dependem da rede pública para qualquer tratamento. Sendo assim, pergunto: não seria melhor cortar o mal pela raiz? Não digo que qualquer produto deva ter o seu consumo proibido, mas acho que tem de existir leis que estabeleçam limites. A falta de regras e que causa a confusão.

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