Tem que ser o que é!

Como milhares de brasileiros, tenho o máximo de respeito pela senadora e ex-ministra do meio Ambiente Marina Silva, pré-candidata à presidência da República pelo Partido Verde. Confesso que não a vejo vitoriosa nas urnas (vitoriosa na vida ela já o é, há tempos!), sobretudo nesta disputa que já tem assegurados a presença de dois pesos pesados, o governador de São Paulo José Serra, do PSDB, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, do PT. Tanto é que a candidatura da senadora ainda não decolou. Por isso, creio eu, o sinal amarelo de atenção despertou diante dos olhos de seus estrategistas e conselheiros de campanha. A "nova ordem", com o objetivo de aumentar a sua visibilidade, é para que amplie o "tom" das palavras de combate a corrupção e, também, conserve em seus discursos as referências biblicas. Entendo perfeitamente a proposta e acho até que pode oferecer os resultados desejados, porém se o candidato for um outro. Marina Silva não é um candidato qualquer, iguais aos que estão por ai. Os brasileiros a conhecem e a admiram assim, como ela é, como até agora vem se apresentando, limpa, sem máscaras. Qualquer coisa que façam pode tirar-lhe a naturalidade, a sua sinceridade, a sua "alma" seringueira. Tomara que Marina Silva, ainda que em campanha, resista e não permita qualquer mudança na sua postura ou na sua imagem. Tem que ser como sempre foi, dura na queda, tenaz, incansável e lutadora. Suas bandeiras jamais precisaram de qualquer apoio "marqueteiro" para alcançar a vitória. E mesmo nesta eleição, ainda que não conquiste o Planalto, a sua presença já será vitoriosa. Para todos os brasileiros.

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