0
É só mudar de canal
Posted by Linha de Pipa
on
11:05
Não morro de amores pelo apresentador Ratinho e muito menos pela novelista Glória Perez. Também sou totalmente contrário a programas policiais e entrevistas com bandidos de qualquer espécie. Porém, não posso deixar de defender o direito do apresentador Ratinho de entrevistar quem ele quiser no programa que dirige no SBT. A polêmica que a novelista está criando em torno da entrevista de Ratinho com Guilherme de Pádua, o assassino de sua filha, não tem o menor sentido. Acredito na sua dor e na sua raiva, mas não acho que isso seja motivo suficiente para "censurar" o programa e "condenar" o seu apresentador. Não me lembro de ter visto manifestações de sua parte e daqueles que agora lhe são solidários quando o Fantástico entrevistou o "casal Nardoni", condenados por matar a menina Isabela, e nem quando deu enorme destaque a entrevista que fez com Suzana Richtofen (?), condenada junto com o namorado pelo assassinato de seus pais. Aliás, como bem lembrou o apresentador em sua "defesa", que o fez pressionado pela polêmica, o seu entrevistado já foi também entrevistado pela Globo. Reitero que considero toalmente compreensível a dor de Glória Perez. A perda de um filho, qualquer que seja a circunstância, deixa feridas que não cicatrizam. E em qualquer lembraça, por mais simples que seja, a dor se manifesta. Ratinho usou um monte de argumentos para justificar a sua entrevista. Mas dentre todos, não resta dúvidas, o que mais pesou foi a audiência. Esperava pícos no Ibope! Isso porém, não invalida o seu direito de entrevistar quem quiser no seu programa. Acho que não existe razão para "condená-lo e muito menos censurá-lo". Aproveito a oportunidade para pedir que as autoridades empurrem para a faixa da madrugada todos os programas denominados "policiais". Ninguém merece depois de chegar do trabalho e na hora do jantar ser agredido por está violência televisa. Ao menos de madrugada, serão poucas as crianças e adolescentes na audiência. Ficarão acordado somente os adultos fanáticos.



Postar um comentário