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Sem cabresto e sem GPS
Outro dia o presidente Lula teceu críticas à postura da imprensa brasileira em relação ao seu governo. A reação foi imediata e violenta. A imprensa brasileira se julga acima de qualquer suspeita e não aceita críticas. Mas deveria. Acho que lhe faria bem se vez ou outra olhasse para o "seu próprio rabinho". Quem sabe conseguiria enxergar os seus erros e exageros. Que não são poucos. O presidente Lula não pode esperar que a imprensa lhe seja subserviente e nem que feche os olhos para os descalabros que não são raros na esfera pública federal. Imagino que, experiente como é, não considera esta possibilidade. Ainda bem! A imprensa deve estar constantemente atenta e expor a Opinião Pública todo e qualquer desvio. Mas voltando a crítica presidencial, não a considero descabida por inteiro. Existe sim uma parte da imprensa, da grande imprensa, que vive das críticas gratuítas ao governo federal. É descarado. Revelam fatos pela metade, conferem intepretações tortas e ouvem somente um lado da história. Infelizmente tal gesto não é raro. Hoje, basta um olhar ligeiramente mais atento para se perceber no noticiário a sua coloração, o seu lado, a sua preferência. Falta isenção a boa parte da imprensa. Considero este caminho um grande equivoco. A Opinião Pública deve receber as informações de forma clara, limpa, sem qualquer ruído para formar a sua própria opinião. Ela não precisa de cabresto e muito menos de GPS politico. Esta fase já passou. Em tempos de Internet e outros avanços tecnológicos, nem o governo e nem a imprensa conseguem mais esconder-se atrás de mentira. Ou melhor, de "meias verdades".



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