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Nada como o fim de uma boa mamata para se saber "quem é quem" na política
Posted by Linha de Pipa
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08:12
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Alesp,
Assembléia Legislativa de São Paulo,
Auxílio Paletó,
Deputado Gondim,
Política,
PPS
A cortina ferro virou fumaça, o muro de Berlim se derreteu e os antigos comunistas que ainda se dizem comunistas mudaram de rótulo para não serem percebidos como tal. Resumo da farsa, que sem qualquer problema poderia transformar-se facilmente numa ópera bufa: os comunistas de agora não são nem sombra daqueles de outrora. Principalmente os comunas tropicais, que nas bandas tupiniquins de hoje se aglomeram, em boa parte, sob a "umbrela" do PPS, partido que nasceu de uma "costela" do PCB. Pois é, foi-se o tempo em que se brigava pelos "operários" no poder. Aquele período de alta tensão, vale frisar, deixou como marca registrada a imagem do trabalhador vestido com roupas simples, confeccionadas em tecido rústico e grosseiro. Tempos duros aqueles! Mas que ficaram para trás, para sorte dos "comunas" bem postados de agora, que usam ternos finamente riscados em tecidos importados, levessimos e de textura ultra macia. Um luxo! Então, não há razão qualquer para se estranhar os reclamos dos "pepessistas" da Assembléia Legislativa de São Paulo contra o fim, decretado pela Justiça, do ofensivo "auxílio-paletó". Uma bagatela de R$ 20 mil que cada deputado da Casa recebia até outro dia, duas vezes por ano. Ou seja, um total de R$ 40 mil só para renovar o guarda-roupas dos "representantes" do povo. O amigo do Linha de Pipa, com toda a razão, deve estar se perguntando o motivo de apontarmos nossa bateria de críticas apenas para os membros do PPS uma vez que todos, de todos os partidos, recebem o mesmo dinheirinho? Por uma simples razão, foi um deputado da sigla, segundo reportagem da Folha S.Paulo, "Sua Excelência" Luís Carlos Gondim, que foi ao microfone reclamar, na maior cara dura, do fim da mamata. Segundo o nobre deputado, ele agora terá que barganhar as coisas mais em conta. Se este blog entendeu corretamente as palavras do representante do PPS, ele terá que agir como qualquer um do povo, que não barganha por ternos, mas sim por comida, medicamentos a preço justo, atendimento médico humano e transporte coletivo decente. E mais, sem ganhar os R$ 20 mil de salário mensal como o deputado Gondim. A maioria, sabe-se lá se não ganha apenas o teto do mínimo!. Certas manifestações, como esta do deputado Gondim, por exemplo, espera-se de representantes de outras siglas, posicionadas bem mais à direita, nunca de um partido que se diz de "esquerda". Aliás, para este blog, importante deixar claro, vereador, deputado e senador devem ser tratados como um trabalhador qualquer, com os seus direitos estabelecidos e protegidos por lei, porém sem qualquer privilégio. O Estado reclama falta de verbas para os serviços essenciais, os políticos, em sua maioria, engrossam o coro. No entanto, nenhum abre mão das benesses alcançadas. Um dia a lona vai queimar este circo!



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