Lixos televisivos

Acabo de ler no blog do jornalista e crítico de tevê Maurício Stycer, veiculado no UOL, que o diretor do global BBB, o tal de Boni filho, anda a turras com a turma que produz "A Fazenda", na religiosa Rede Record, leia-se Rodrigo Carelli e o apresentador Britto Jr . Os cenários são diferentes, mas os dois programas tem o conteúdo (se é que podemos rotular aquela baboseira toda de conteúdo) exatamente igual. Aliás, ambos não servem para absolutamente nada, nem como um entretenimento desprentensioso. Mas ocupam horário nobre e vendem seus espaços publicitários a preço de ouro. Como se vê, tem gosto pra tudo. Confesso que não tenho a menor curiosidade em saber a razão da contenda entre os dois grupos. Imagino que deve ser por conta do tamanho do ego. Coisa do tipo o meu é maior que o seu e por ai vai. Lamento, e por isso escrevo este post, que a grande imprensa dedique seus valiosos espaços a estes lixos televisivos. Os Ministérios Público e da Justiça, não é de hoje, já deveriam ter empurrado estes dois programas para o horário da madrugada. Não tem sentido que sejam transmitidos em horário nobre quando, todos sabem, ainda existem milhares de crianças e adolescentes ligados na tevê. E não tem esse papo de que os pais é que devem se responsabilizar pelo controle remoto da televisão. Aqui não é a Suíça, onde os trens nunca saem dos trilhos. E mais, o Estado não tem que se intimidar com as palavras censura, entulho autoritário e etc.. A nova geração nem sabe o significado histórico destas palavras. Fato é que estes dois programas, duas grandes porcarias, não podem seguir mostrando homens e mulheres se embriagando, fazendo insinuações maliciosas, além daquela estupidez que rola sobre o endredom. De madrugada é outra história; no horário nobre, não! Infelizmente nossos governantes ainda padecem do medo que a televisão lhes impoem, sobretudo a grande irmã do Jardim Botânico. Está na hora de encará-los de frente e defender, de verdade, os interesses maiores da sociedade.     

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