QUEM ESTÁ PRONTO PARA "ATIRAR" A PRIMEIRA PEDRA?

Sigo cobrando dos senadores uma "atitude" rápida e decisiva para acabar de vez com a crise que consome a reputação do Senado, uma instituição importante para a Democracia que deve ser preservada, independentemente dos seus ocupantes. Já tive a oportunidade de conversar com vários colegas sobre esta demora, na tentativa de identificar melhor o principal motivo. Existe "certo" consenso em alguns pontos: o corporativismo "natural"; o envolvimento de membros todos os partidos; e o medo de retaliação dos "mais" poderosos. Há outros, sem dúvida, mas na escala de gravidade, estes parecem mesmo ser os mais importantes. Talvez esteja aí a razão para o plenário tratar com tantos "dedos e não me toques" o caso envolvendo o senador José Sarney. Este "medo" ou "receio" (a palavra que melhor se encaixa fica à sua escolha) me fez lembar de um falecido senador nordestino, muito conhecido dos brasileiros Ele, quando acuado ou atacando, aparecia no tribuna com "suas pastinhas" de arquivo, de cores diversas, afirmado ter um dossiê sobre isto ou aquilo, contra este ou aquele adversário do momento. Dizia que nas pastas haviam documentos e recortes de jornais. Enfin, provas! Jamais soube de alguém que tenha conferido o "conteúdo real" destas pastas, mas com ela o falecido senador afastava os seus adversários de ocasião e/ou conquistava os seus objetivos de momento. Até onde se sabe, nos casos em "tela", ninguém ainda emeaçou ninguém, do alto da tribuna, com "aquelas pastinhas antigas". Até porque os tempos são outros e não pegaria bem. No entanto, é possível acreditar que muito "medo" deve estar sendo dito ao pé do ouvido.

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