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"SEM-EMPRESÁRIO" CONQUISTA A SELEÇÃO
A Folha de São Paulo, no seu caderno de Esportes, edição de hoje, apresenta uma longa e interessante matéria com o excelente zagueiro Miranda, do São Paulo, que faz algum tempo abriu mão de trabalhar com empresários. É ele mesmo quem encaminha a sua carreira, negocia os seus contratos e atende os representantes de clubes interessados em contar com o seu futebol. Faz hoje, para espanto de alguns, o que era rotineiro para os jogadores de ontem. Ou seja, não inventou "nenhuma" pólvora... No entranto, o que chama atenção na matéria é a revelação da surpresa dos jogadores da Seleção Brasileira como o sucesso da independência do zagueiro. Segundo Miranda declarou a Folha, os colegas ficam surpresos e perguntam como ele chegou a seleção sem ter um empresário. "Fico feliz porque foi com minhas próprias pernas". Ora, na inocência de torcedor, imaginava que as convocações tinham como base a performance do jogador em campo e não na força da influência de seu empresário. Então, pelo que se pode depreender da afirmação do zagueiro, a seleção brasileira de Dunga nada mais é do que uma "prateleira" onde os empresários da bola expõem os seus produtos, que são os jogadores de futebol. Não é a toa que vez ou outra, nas convocações do técnico Dunga, surgem jogadores "do nada", nomes que os torcedores pouco ouviram falar, que jogam em times de expressão questionável, que disputam campeonatos inquestionavelmente inexpressivos. Alguém disse certa vez que a CBF é balcão de negócios. E o Linha de Pipa acrescenta: de grandes e lucrativos negócios!



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