Violência "organizada"

O centroavante Vagner Love, do Palmeiras, foi agredido por três torcedores ligados, segundo dizem, à organizada Mancha Verde. O jogador acabava de sair de um banco e se encontrava no seu estacionamento quando foi abordado pelos fanáticos sem limites. Provocações, empurra-empurra até que todos foram às vias de fato. Love saiu da "treta" com hematomas no corpo e alguns cortes nos braços. Os três estupidos ainda seguem detidos e podem, se processados e condenado, pegar até 3 anos de cana. Não há justificativa plausível para a violência. E neste caso em especial, não há nem como argumentar. O jogador é um trabalhador e deve obrigações e satisfações apenas ao clube que o contratou. A torcida tem todo o direto torcer - do jeito que quiser, mas respeitando os limites da civilidade - e até de mostrar o seu descontentamento por qualquer coisa, mas nas arquibancadas, sem agredir A ou B. Quando sai do seu espaço e avança para a agressão física ou verbal, aí já é caso de polícia. E enquanto não houver punições rigorosas, sejam elas de reclusão na hora do jogo, multas pecuniárias ou obrigação de serviços comunitários, esta baixaria seguirá acontecendo. Hoje foi a organizada do Palmeiras, mas há registros de violência das torcidas do Santos, Corinthians, São Paulo e até da Portuguesa. Não se pode aceitar este absurdo com algo natural, como se fosse relativo ao esporte. Não, não é! E enquanto não nos indignarmos de fato e externarmos esta indignação, o cena que ontem atingiu Love e antes o técnico Vanderlei Luxemburgo, se repetirá outras tantas vezes. Sempre dependerá da performance do time na competição. Os "trabalhadores" do futebol correm risco; as organizadas são um risco. Até quando?

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