O Haiti à beira do esquecimento

Pararam de falar no Haiti! Mas o país segue semi-destruído e a população carente de uma série de recursos básicos para uma sobrevivência minimamente digna. Aquelas imagens de resgastes emocionantes, de tristeza pela destruição e de alegria pela chegada de ajuda solidária há tempos estão escasseando. A mídia já perdeu o interesse. E sem a mídia interessada, como continuar estimulando a ajuda "do mundo?". Acreditem, se a mídia tirar o Haiti de cena - como já está tirando - as pessoas rapidamente se esquecerão da tragédia que se abateu sobre o povo daquele lugar. A tendência, em casos semelhantes, é considerar o problema como resolvido. Infelizmente! Afinal, como dizem por ai, "aquilo que os olhos não enxergam, o coração não sente" A ajuda internacional precisa continuar para resolver de vez os problemas deste "pedaço" de ilha caribenha. A ONU e os países que se meteram na questão logo após terremoto de 7º na escala Richter, devem insistir para que o fluxo de ajuda não cesse e nem diminua. Mesmo que do ponto de vista jornalístico o Haiti não seja mais notícia. Importante frisar que se a ajudar diminuir ou acabar, a culpa não pode ser atribuída a atitude da mídia. Quem conhece a sua dinâmica sabe que é assim que ela funciona. E não há nada de errado nisso. A imprensa é apenas um meio de propagação da informação. Cabe os países envolvidos no caso e ao governo do lugar manter aceso o interesse do mundo. Esta chama pode até ser mantida pela imprensa, mas não cabe a ela acendê-la.

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