Podemos confiar?

Acho bom a imprensa mundial parar de entrevistar o presidente do Haiti René Preval. Do contrário, haja espaço para acomodar os mortos pelo terromoto que sacudiu o país. Cada vez que se manifesta, o político haitiano aumenta o número de vítimas e pede mais e mais ajuda. De quanto será que o Haiti precisa? Até onde sei, quem está coordenando os trabalhos de reconstrução do país é a ONU e, também, cobrando dos países as promessas de recursos feitas quando o sismo ocupava o topo dos noticiários. A ajuda de emergência chegou e mais chegará no seu devido tempo. Assim é o que espero! Quero acreditar que os países que se comprometeram em socorrer o país caribenho o farão conforme o prometido. Por isso acho desnecessária a pressão de Preval. Aliás, não o acho nada confiável. Ele, outros de seu governo e o consul do Haiti em São Paulo, que foi traido pelo microfone aberto da reportagem do SBT. Seus comentários infelizes, no momento mais agudo da crise, somente fizeram aumentar as desconfianças sobre os que andam dando as cartas por lá. Fosse o governo do Haiti preocupado em "construir uma nova imagem para o país", trocaria, sem perda de tempo, o seu consul instalado num belo casarão na capital paulista. Aliás, por que uma casa tão grande e luxuosa? Pelas condições econômicas e sociais do Haiti, que nunca foram lá muito melhores do que as que vimos até "ontem", anterior ao terremoto, o lógico seria o seu consulado estar funionando numa ou duas salas no centro velho de São Paulo, onde o aluguel é bem mais barato e os espaços bem mais amplos. A economia poderia ser revertida em benefícios para os cidadãos do país. Mas será que o consul aceitaria dar expediente no velho centro de Sampa? A pergunta poderia ser feita a Preval, mas corremos o risco de receber como resposta mais vítimas, mais pedidos de ajuda e ainda mais lamentações. É melhor não!

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