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Torcer pelo desacerto, vibrar com o erro

Posted by Linha de Pipa on 12:04
O governo do presidente Lula não é uma unanimidade. E é até bom que assim seja. Os "olhares críticos e opositores" são essenciais para manter nossa mente aberta e fortalecer a democracia. Contudo, uma coisa é ser crítico, chamar a atenção e alertar. Outra coisa é torcer pelo desacerto e vibrar quando tudo dá errado. As vezes, infelizmente, tenho este sentimento, sobretudo quando ouço ou leio comentários de alguns especialistas e opositores de plantão. Eles comemoram os tropeços do governo como o gol de um título marcado no último segundo de jogo. E saem tecendo comentários como donos de uma verdade absoluta. Tomo com exemplo a questão do Irã, a república dos santos do pau oco que quer construir a bomba atômica. Não faz muito tempo o governo brasileiro recebeu a visita do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad; o presidente Lula prometeu retribuí-la em breve, talvez em maio. Nesse meio tempo, agudizou-se a crise do Irã com os "Grandes Irmãos" do Ocidente, que não o querem vê-lo capaz de construir armas nucleares. Nem o Brasil o quer. No entanto, o governo brasileiro considera lícito que o Irã tenha o domínio da tecnologia para fins pacíficos, como tantas outras nações. E nesse lenga-lenga entre o Irã e os "Grandes Irmãos", que na realidade preocupam-se com a segurança de Israel (o que é correto!), o Brasil se propôs a intermediar o diálogo. Jamais prometeu ou disse que iria resolvê-lo, mas sim que aproveitaria o seu bom relacionamento com o governo iraniano para ajudar na situação. Legal! Dai surgem os especialistas e opositores para dizer que o Brasil é um negociador de 2ª, que não tem experiência e que suas palavras não farão diferença. Pô! Se nada significamos, se não temos o direito de interferir para opinar ou juntar as partes contrárias, para que existimos então? Seremos eternos espectadores? Entendo que o Brasil deve sim apoiar as iniciativas de paz, onde quer que existam, e interferir onde considerar importante desempenhar este papel de "pacificador". Se quisermos participar das grandes decisões e não somente tomar conhecimento delas por e-mail, então temos que sair do "auditório" e subirmos para o "palco". É assim que se aprende e cresce. Se seguirmos a receita dos especialistas e alguns opositores, seguiremos como uma nação do meio, que não recua, mas jamais avança. E preciso cair para aprender a se levantar. É o que o Brasil vem tentando fazer, apesar de alguns.

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