Criminosos no volante

Domingo, em São Paulo, aconteceu um grave acidente de trânsito. Motorista embriagado seguiu na contramão e bateu de frente num carro que vinha no sentido oposto. Duas pessoas morreram na hora, um casal, e a filha de 12 anos que estava acomodada no banco de trás encontra-se na UTI de um hospital ainda com risco de morte. Ontem à noite, revela a Folha Online, outro motorista embriagado invadiu um parque e atropelou um homem e uma criança, pai e filho. Ambos estão no hospital em estado grave. Vou ficar nestes dois casos, embora pelo país, seguramente, existam registros de muitos outros. Acho que está na hora dos governos colocarem no ar aquela campanha de alerta sobre os riscos da mistura explosiva "alcóol e direção"; acho que esta na hora das polícias, militar e rodoviária, retomarem as blitz para flagar os que desrespeitam a lei e insistem em beber antes de dirigir; acho que está na hora dos legisladores endurecerem a lei para punir com o devido rigor aqueles que insistem em violá-la; acho que esta na hora da Justiça trancafiar, de verdade, os que bebem e fazem se seus automóveis armas mortais. A sociedade não pode e nem deve ser obrigada a conviver com estes irresponsáveis. Se eles não respeitam a própria vida é um problema deles, mas quando não respeitam a vida do próxima, é um problema nosso! Ninguém é obrigado a correr riscos de morte por causa da irresponsabilidade de alguns, que insistem em desrespeitar a lei. Chega de ver estas bestas alcoolizadas cometerem crimes e, depois de autuados, sairem com cara de inocentes pela porta da frente das delegacias. Trata-se, no meu entender, de um desrespeito as vítimas, seus familiares, à Justiça e a toda sociedade. O indivíduo que bebe e depois assume a direção de um automóvel, o faz ciente dos riscos. E se assim o é, que então seja punido de forma exemplar. O bafômetro deve ser obrigatório para todos aqueles que a autoridade policial, no momento da abordagem, considerar necessário. O seu uso não pode ficar a critério do condutor abordado. Os riscos, como sempre, devem pertencer a aqueles que os assumem. Beber e dirigir é assumir um risco. E este tem um preço que a sociedade não pode deixar de cobrar.

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