Melhor deixar para depois

Lembram que no post de ontem eu disse que se o governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, tivesse certeza do veto do presidente Lula a "emeda Ibsem", que se encontra no Senado após ter sido aprovada pela Câmara, ele teria pensado duas vezes antes de organizar os protestos na Candelaria? Pois é, eu não estava errado. Ontem o presidente Lula, que se encontra em viagem pelo Oriente Médio, disse que o ideal seria discutir esta questão dos royalties do petróleo após as eleições. E já antecipou que se o Senado aprovar a "emenda Ibsem", ele terá que se "debruçar" sobre o tema para analisá-lo com a devida atenção. Ou seja, o presidente, provavelmente, deixará a decisão para após as eleições. E, quem sabe, para o próximo presidente. Será que é preciso mais explicações? Logicamente que não! O governador Cabral é um político inteligente e experiente e sabe que nehuma decisão acontecerá agora, mas ele aproveitou o mote para mexer com a população. Com dizem por ai, ele está fazendo do limão uma doce limonada, que vai lhe render frutos excelentes nas eleições que se aproximam. Cabral é candidato a reeleição. Com disse ontem e em outras vezes, acho que este "cartucho", de reunir a população para um protesto, deveria ser o último, depois de utilizado todos os outros, menos arriscados. Este acirramento pode gerar conflitos e animosidades que não nos levarão a lugar algum. Prego o bom senso, rogo que apelem para a razão e resolvam a questão pela via do diálogo. Quando se mexe com o sentimento da multidão, as consequências são quase sempre imprevisíveis.

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