Paz, amor e bomba atômica

O mundo deveria ser completamente livre das armas nucleares. Nenhum país, desenvolvido ou não, deveria possuí-las. Todas as instalações nucleares existentes no mundo devem estar aberta à fiscalização e acompanhamento de Agência Internacional de Energia Atômica. Urge acabar com a hiprocrisia internacional. Não sei qual é o objetivo real da cúpula sobre segurança nuclear marcada para a próxima semana em Washington e que envolverá 47 países. O que sei é que se não for para extinguir de forma absoluta todos os arsenais existentes acho que de nada adianta reunir toda esta gente. E mais, se for apenas para condenar a Coréia do Norte e o Irã, acho que será uma grande perda de tempo. Não pode haver privilégios e nem dois pesos e duas medidas. Índia, Paquistão e Israel, que todos sabem possuem arsenais nucleares, ainda não assinaram o tratado de não proliferação de armas nucleares e nem por isso são pressionados pela comunidade internacional como o são Irã e Coréia do Norte. Nestes países, em todos eles, existem também políticos radicais que não hesitariam em apertar o "botão" vermelho se lhes desse na telha. Aliás, vale lembrar, a imprensa internacional dá destaque no seu noticiário de hoje a ausência do primeiro ministro israelense Benjamin Netayahu na cúpula internacional. Segundo informam, ele tem receio de ser pressionado a abrir as instalações nucleares de Israel para a fiscalização da AIEA. Para evitar ser o centro das atenções e confrontado por outros países, o primeiro ministro preferiu mandar somente um representante. Mero ouvinte. Acho que o Irã não deve ter qualquer tipo de artefato nuclear. Mas não só o Irã! É por estas e outras que sigo discordando daqueles que acusam o Brasil e o presidente Lula de conivência com os iranianos. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Todos os paises, se buscassem a paz verdadeira, há tempos teriam extinguido seus arsenais nucleares. E o resto é balela.

|