Rápidas sobre as enchentes no Rio

Ninguém merece

Não bastasse a chuva, que cai em volume bem acima do normal, os fluminenses ainda correm o risco de sofrer, como conseqüência, com a leptospirose e a dengue. Em ambos os casos, a informação pode ser uma arma eficaz para prevenir tais doenças. Urge que as autoridades orientem a população para que, na medida do possível, evitem transitar por áreas alagadas e não deixem água parada em vasos de plantas, pneus velhos, garrafas vazias e etc... As emissoras de rádio e televisão poderiam, espontaneamente, prestar este serviço público e passar o alerta durante a sua programação. Não basta noticiar o caos, é preciso participar!

A natureza é culpada

Hoje ouvi atentamente o comentário de Arnaldo Jabour na rádio CBN. O tema foi a inundação da Cidade Maravilhosa. Mas como não poderia deixar de ser, ele deu uma leve cutucada na ex-ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à presidência Dilma Rousseff. Poupou o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o governador do Estado, Sérgio Cabral. A culpa pelos estragos lamentáveis de ontem ficou por conta apenas da natureza, que exagerou na dose. Quanto aos governantes de hoje, nenhuma menção. Impressionante!

Só chuva!

Há tempos não vejo a Rede Globo dedicar-se tanto a um tema num único dia. Ontem o jornalismo da emissora voltou-se quase que exclusivamente para a inundação da Cidade Maravilhosa. A cobertura envolveu praticamente todos os profissionais que conseguiram vencer as águas e chegar a sede da emissora. O tema justificava o esforço. Ate o programa da apresentadora Ana Maria Braga cuidou da inundação. Aliás, o seu cenário por pouco também não sofreu as conseqüências das chuvas.

Plano B

Primeiro Santa Catarina; depois São Paulo; e, agora, o Rio de Janeiro. A chuva foi inclemente em todos estes Estados. O volume e a força das águas que despencaram dos céus deixaram um rastro de destruição e morte. E, infelizmente, evidenciou mais uma grave problema: as autoridades não têm um "plano B" para enfrentar com eficácia catastrofes como estas que vez ou outra se abate sobre nós. Como sempre, todos esperam o fato acontecer para que providências sejam tomadas. O século 21 não aceita mais governantes com a cabeça do século 19. A tecnologia permite prever com boa antecipação o tamanho das "acidentes" naturais. Tempo suficiente para a tomada de ações que minimizem os danos materiais e à vida humana. Infelizmente, prevenção não dá voto!

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