Assediando a censura!

Este blog, como deixou claro em post recente, não aprecia em nada o humor que se pratica atualmente na televisão brasileira. É rasteiro, carece de sutileza e não tem a menor inteligência. As emissoras que transmitem estes programas - a tevê é o meio de comunicação de maior alcance no Brasil - têm a obrigação de cuidar um pouco mais da qualidade de suas produções. Eles invadem os lares sem pedir licença e levam de roldão um público tão variado que não destingue criança de adulto. Esse papo de que o "controle remóto" é quem deve ser o responsável pelo acesso dos programas de televisão nas casas dos "brasileiros" pode até ser bom, mas na Inglaterra, Alemanha. Japão etc.. Aqui não! As emissoras não querem que o Estado seja o responsável pela classificação de seus programas. Este blog concorda com essa postura. Por outro lado, estas emissoras devem se unir e, de vez por todas, criar um código de auto-regulamentação, como existe há anos na publicidade e é monitorado pelo CONAR. Está mais do que na hora das emissoras deixarem de lado aquele discurso velho e cansado, baseado em argumentos vazios, e partirem para a prática. A "baixaria" de hoje nada tem a ver com criatividade ou cultura. Este auto controle, importante que se diga, não estancará o surgimento de boas e grandes idéias.  O CONAR, por exemplo, em momento algum amordaçou ou inibiu a criatividade dos publicitários. Os prêmios conquistados nos principais festivais do mundo são provas incontestáveis. Alias, a sensação que se tem é que a baixaria e o gosto duvidoso que vigora nos programas das tevês brasileiras se devem à falta de criatividade de seus produtores. Já passou da hora de mudar! Aproveitando este post, o Linha de Pipa posiciona-se contrário à manifestação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo que pediu a tevê Globo para retirar do ar o "Metrô Zorra Brasil". O sindicato alega que o humorístico estimula o assédio sexual nos vagões. O programa não tem lá muita graça, é verdade, e seu humor é sempre apelativo. Porém, este blog não considera que qualquer de seus quadros estimule o assédio sexual nos meios coletivos de transporte que precisa sim ser combatido, mas a sua ocorrência antecede a existência do programa. Ai vale a pergunta: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? O sindicato, ao invés de fazer este tipo de pedido, que recebeu apoio da ministra Irirny Lopes, deveria exigir da Cia do Metropolitano de São Paulo mais segurança nas composições. Este tipo de intervenção beira a censura!   

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