Partidos aos montes e ideologia nenhuma

O Brasil acaba de ganhar mais um partido político. Chama-se "Partido da Pátria Livre" e a sua sigla é PPL. Agora o país conta com 29 siglas para disputar as próximas eleições. O caro internauta, amigo do Linha de Pipa, deve estar se perguntando, para que servirá mais um partido político?  O País já não tem "siglas" suficientes? Este blog não tem resposta para a 1ª pergunta e para a 2ª propõe uma outra pergunta que nos remete de volta à 1ª: mais uma sigla para que? Aliás, aproveitando o tema, vale mencionar que o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, acaba de se filiar ao PSD, partido recém fundado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que ainda outro dia era estrela reluzente do DEM. Antes, Meirelles, ex- alto executivo bancário, dos setores privado e público, foi filiado do PSDB e projetava a sua carreira política no Estado de Goiás quando foi convidado para presidir o Banco Central no governo do PT . Agora, sabe-se, já transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo, onde pretende candidatar-se a prefeito da Capital. Outros políticos também mudaram de camisa recentemente. Uns sairam da esquerda e foram para a direita, outros fizeram o caminho inverso. Aqui cabe uma nova pergunta: o político muda de partido por causa do seu conteúdo programatico, da facilidade para se candidatar a isso e aquilo ou possibilidade de influenciar o poder? De novo, uma sinuca de bico difícil de sair. Como se percebe, ideologia é um itém que não é nem considerado nestas movimentações políticas. Se fosse, o antigo PCB jamais seria o novo PPS. Assim sendo, vale finalizar com uma última pergunta: partido político para quê?

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