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"Vítímas" das greves prolongadas

Desde o dia 14 de setembro os funcionários dos Correios estão em greve. Os dias parados beiram quase um mês. Ufa! Que fôlego tem esse pessoal. Não cabe a este blog julgar se a greve é justa ou injusta. A greve é um direito inalienável do trabalhador e se a categoria resolveu fazê-la e porque tinha lá as suas razões. Mas a greve não é uma brincadeira e deve ser invocada e gerenciada com responsabilidade. Os que aderirem ao movimento devem ter plena consciência dos riscos que correm. E saber que toda ação, não raro, promove uma reação. O desconto dos dias parados é um exemplo. Seguir em greve por causa deste quesito, que impede o fechamento de um acordo definitivo, é piada dos grevistas. Se as principais cláusulas já foram acertadas, que esta siga sendo discutida à parte, pelo sindicato. A população, por mais incrível que possa parecer, é sempre a maior vítima desses movimentos. Não raro é usada como massa de manobra e, ao final de tudo, é quem paga a conta. Chega! O mesmo pode-se dizer da greve dos bancários. O Linha de Pipa também não vai entrar no mérito se o que os bancários pedem é merecido ou se os banqueiros, que ganham muito, devem atendê-los. Fato é que no último dia 5, data de pagamento dos salários pelas empresas, era visível o esforço do sindicato em manter as agências fechadas. O trabalhador não conseguia entrar para receber o seu soldo, que lhe dá a comida, compra seus remédios e paga as suas contas. Não vimos nenhum banqueiro chorando por causa destes problema, mas sim muitos pais de famílias que já não tinham mais a quem recorrer. Aqui também é a população que fica com o ônus. Além de não poder resgatar o valor pago por seu trabalho, ainda tem que arcar com os juros das contas que não chegaram - por causa da greve dos correios - ou então, não puderam ser pagas - por causa da greve dos bancários. E já que este blog se enveredou pelo lado do cliente, consumidor e cidadão, não custa citar o caso dos medicos cirurgiões do Rio de Janeiro. Eles, por causa do baixo valor pago pelos convênios, não estão renovando os contratos. Pacientes em tratamento ou com cirurgias já agendadas, se quiserem que o atendimento prossiga, devem pagar à parte e pelo preço determinado pelo médico. Tá descontente com esta decisão? Procure o seu convênio e reclame com ele. Como vê nesse caso, tal como nos dois anteriores, o cliente, consumidor, cidadão esta sendo usado como massa de manobra e, de novo, penalizado. Os organizadores desses movimentos devem atentar para as suas consequências e buscar ao máximo minimizar os efeitos sobre a população. Como este blog afirmou no início, a greve é um direito do trabalhador. Mas, como também já foi dito, deve ser invocada e administrada com responsabilidade. Para o Linha de Pipa estes três casos revelam que o limite da paciência já foi ultrapassado.    

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