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A chuva e o medo de se trabalhar nas ruas de Sampa
	  Posted by Linha de Pipa
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12:01
Hoje pela manhã, conversando com o motorista de táxi que me trouxe para o trabalho, tomei conhecimento do seu medo e de colegas que trabalham com ele na mesma cooperativa, de trabalhar à tarde, durante o "horário" das chuvas. Confessou-me que teme os alagamentos, que acontecem de surpresa e muito rapidamente. Mas não apenas pela possível perda material, se o seu carro ficar submerso, mas também e principalmente pela própria vida. Acho que ele, assim como os seus colegas, têm razão em procurar preservar-se nestes momentos de riscos. Afinal, já ultrapassam a 70 o número de mortes no Estado, vítimas de enchentes, raios, deslizamentos, queda de ávores e muros. Como se diz por ai: se ficar "o bicho come"; se correr o "bicho pega". Diante deste cenário, o melhor mesmo para estes taxistas e tantos outros que dão expediente na rua, é ficar em casa esparando o "aguaceiro" passar de vez. Falando em "aguaceiro", que permanace há dias em volume inalterado em várias ruas da cidade, comentava com um amigo o fato de ainda não ter surgido casos de laptospirose nestes locais. Falei que iria investigar. Mas não foi preciso sair à campo. O UOL, edição de hoje, revela que moradores destas áreas alagadas tem encontrado dificuldades de notificar casos da doença. É um empurra-empurra de cá para lá e de lá para cá sem solução. As unidades de saúde, do Estado e do Município, devem tratar com mais respeito os pacientes, vítimas das chuvas e o mesmo tempo contribuintes. Não sei dizer se existe uma orientação para esta postura absurda. Se existe, os profissionais da área devem desconsiderá-la. Por razões éticas e humanitárias. É certo que o surgimento destas enfermidades causarão desgaste político, mas não menos que o descaso que as autoridades estão demonstrando com a situação calamitosa dos moradores das áreas alagadas. 
 
 
 
 



 
 
 



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