A neve não consegue esconder o "outro lado" de Vancouver

Na desenvolvida e moderna Vancouver, no Canadá, sede das Olimpíadas de Inverno, o cenário real não é tão "doce e pacífico" como mostram as fotos da cidade coberta de neve que os organizadores do evento, num esforço elogiável de Relações Públicas, espalharam pelos quatro cantos do mundo. Esta semana, por exemplo, a imprensa divulgou imagens de placas, semelhantes às trânsito, chamando a atenção dos visitantes para os batedores de carteiras. Eles, certamente, não vão querer desperdiçar a oportunidade de bater o recorde de "faturamento" surrupiando os pertences do alheio. Outra notícia "interessante" que chega do país do Primeiro Mundo, sonho de vida de muitos brasileiros, é que a polícia local informou que será tolerante com o usuários de machonha. "Falouuuuuuu brother!". Afinal, devem entender os "meganhas" de lá, um "tapinha não faz mal a ninguém!"Mas o melhor do outro lado de Vancouver, aqueles que os organizadores procuraram esconder, foi revelado hoje pelo americano New York Times. Este lado "quase secreto" chama-se Eastside, um bairro decadente, como sempre esquecido pelas autoridades, onde rola muito de tudo: drogas de diferentes tipos, viciados, prostituição, mendigos e remediados de toda a ordem. Antes dos jogos e no caminho de sua conquista como sede, as autoridades de Vancouver promteram corrigir as áreas degradadas da cidade, mas nada fizeram. Só prometeram. Assim como o Rio de Janeiro prometeu e não cumpriu as melhorias indicadas na proposta para a realização dos Jogos Panamericanos e como, tenho certeza, não cumprirá de novo às promessas renovadas na proposta para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Como se percebe, cada vez com mais clareza, é tudo uma grande farsa. E em todos os lugares, usa-se sem critérios um volume absurdo de recursos públicos. E sem pedir autorização para o "público". E nada acontece, promessas e fiscalização. O que ocorre na desenvolvida Vancouver não deve servir de alento ou desculpas para as mazelas da Cidade Maravilhosa. Ainda sigo achando que o Brasil não deveria ser sede de nada e que o dinheiro público deveria ser direcionado para necessidades prioritários do público, que é quem paga a conta.

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