Nada de tirar o corpo fora

A cúpula do DEM quer fazer a sociedade entender que com a dissolução do seu diretorio no Distrito Federal e a expulsão da legenda de alguns membros envolvidos no "Mensalçao do DEM", o partido cumpriu com a sua obrigação e que por isso nenhuma mácula deve incorrer sobre a sua imagem pública. Extinguir o diretorio e expulsar os mensaleiros é uma obrigação que demorou para ser cumprida. Muito deve ter sido costurado nos bastidores para que tal ocorresse. Vale lembrar que a "estrela mor" do caso, o governador José Roberto Arruda, que segue preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília, não foi expulso, mas deixou a legenda por livre e espontânea vontade. Importante recordar, para que os pingos fiquem sobre os seus verdaderios "is", que Arruda, à época no PSDB, já era para ter sido cassado quando do escandâlo do painel eletrônico. E somente não o foi porque renunciou ao mandato. Deixou o ninho tucano e, apesar dos antecedentes, foi aceito de braços abertos nas fileiras do DEM. Paulo Octávio, o vice, que assumiu e renunciou ao cargo de governador, também não é flor que se cheire, tanto que acumulava nada menos do que quatro pedidos de impeachment. Ou seja, o DEM não pode sair por ai dizendo que "cortou a própria carne" para manter a sua postura ética e honesta. Fosse assim, Arruda jamais deveria ter entrado no partido. E também não dá para comparar com o Mensalão do PT. Os que foram cassados politicamente, preferiram não renunciar e provar na Justiça a sua inocência. E até que sejam julgados, ninguém pode apontar-lhes o dedo da culpa. Afinal, sabemos todos, à Justiça cabe a palavra final e esta ainda não foi proferida. Quanto aos membros do DEM, imagens e audios inconstetáveis falam por sí. A esta altura do "ano eleitoral", que os culpados sejam verdadeiramente responsabilizados e que todos possamos tirar lições valiosas dos fatos ocorridos. Chega de repetir os mesmos erros. A sociedade já não aguenta mais. Calada!

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