A violência dos trotes!

A lição é sempre a mesma, mas os alunos não aprendem. E ano após ano repetem os mesmos erros, os mesmos atos de violência contra os calouros, aqueles alunos recém-chegados do vestibular. As escolas dizem que realizaram um trabalho prévio para recepção dos alunos novos e alertou os veteranos para os riscos das "brincadeiras" mais pesadas. E ficou nisso. Ou seja, não adiantou absolutamente nada! Esta semana os veículos de comunicação noticiaram dois novos casos de trotes violentos, um ocorrido na Unicastelo, numa de suas unidades no interior de São Paulo e outro na ESPM, uma das mais caras do Estado. Os estudantes atingidos, ou melhor, as vítimas foram socorridas em hospitais, de tão contudentes as agressões. Mas muita água há de passar por debaixo da ponte até que alguém de direito se digne a tomar medidas que acabem definitivamente com esta brincadeira de mau gosto. Por estes dias começam as matriculas dos calouros das universidades públicas e algumas particulares que realizaram exames em parceria. Faz-se necessário as autoridades e gestores destas unidades de ensino ficarem atentas, pois há a possibilidade da ocorrência de novos trotes violentos. Um trabalho forte e marcante nos locais de recepção dos alunos entrantes pode coibir as agressões. Contudo considero que esta imbecilidade, que não é nova, somente terá fim quando os agressores forem penalizados com o rigor merecido e as escolas começarem a reagir a altura, punindo exemplarmente os alunos responsáveis. Encarar estas agressões como brincadeiras de adolescentes, um ritual de passagem que as vezes passa dos limites é isentar-se da responsabilidade. Os gestores de ensino têm que entender, de uma vez por todas, que as escolas não formam somente profissionais, mas também e principalmente cidadãos. E uma sociedade civilizada não admite "cidadãos violentos".

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