Morte no futsal

O futsal brasileiro está de luto. Ontem, em Guarupuava, no Paraná, o jogador Robson Costa, de 23 anos, morreu. Durante a partida, em plena quadra. Não, ele não teve um ataque cardíaco e nem foi vítima de uma "entrada" violenta, como até se poderia imaginar. Robson, já dizem alguns, sofreu um "acidente de trabalho". Segundo testemunhas, o jogador entrou de "carrinho" numa disputa de bola com o adversário. A madeira "despregou-se" do piso e uma lasca penetrou em sua coxa, chegando até o fígado. O jovem, dizem as notícias vindas do lugar, sofreu forte hemorragia e não resistiu. Não entendo a morte deste jogador como um acidente de trabalho e muito menos como fatalidade, coisa do destino. Acho que antes de qualquer partida de Futsal os organizadores, os responsáveis pelo local do jogo e a Federação, por meio do seu delegado, têm a obrigação de verificar as condições do piso, das traves, e até das "cercas" que limitam o espaço da torcida. Não é assim no automobilísmo? Não é assim no futebol? Nestes esportes, por exemplo, a federação, os delegados e árbitros não entram em "cena" antes do início do espetáculo para verificar as "condições do palco?" Por que no futsal não pode ser assim? E não importa que digam que este tipo de caso é daqueles "um em um milhão", que outro semelhante somente acontecerá daqui a "zilhões de anos". Robson, no meu entendimento, jamais poderia ter morrido desta forma. É possível que agora, depois do ocorrido, providências sejam tomadas para impedir a repetição do caso. É o mínimo que se espera. Porém, estas atitudes corretivas, fruto da mentalidade amadora que persiste no esporte tupiniquim, de tão atrasadas, não minimizam a dor gerada pela morte de Robson. Só para complementar a informação, o Desportivo Futsal, de Guarapuava enfrentava o Palmeiras, de Jundiai. Tratava-se de um jogo amistoso, parte das comemorações da Copa 200 anos.

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