O petróleo é de todos

Sou a favor da divisão dos royalties do petróleo entre todos os Estados brasileiros. Não acho que o volume de recursos, que todos sabem é considerável, deva concentrar-se nas mãos de alguns poucos. E também entendo que a questão tem de ser discutida de forma racional e, mais importante, sem qualquer tipo chantagem ou intimidação. Não tem sentido o governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, chorar em público para expressar o seu descontentamento com a decisão da Câmara dos Deputados. Assim como não tem sentido dizer que a Copa do Mundo de 2014 e as Olímpíadas de 2016 estarão comprometidas se divisão de recursos for confirmada pelo Senado. O choro do governador Cabral me cheira populismo e quanto a falta de recursos para os eventos esportivos ele pode ficar tranquilo, não vão faltar. Seguramente será como nos Jogos Panemericanos, que era para ser bancado pela cidade sede, o Rio de Janeiro, e foi bancado pelo governo federal. E digo mais: até agora não houve qualquer divisão de recursos provenientes da exploração e comercialização do petróleo bombeado do alto mar do Rio de Janeiro e nem por isso os estado e seus municípios deram um salto qualitativo no nível de vida da população. Continua como dantes! Não considero que a decisão dos parlamentares de Brasília mude muito o situação atual. Os recursos naturais pertencem a todos os brasileiros e por isso deve ser aplicado em benefícios de todos. Espero que o presidente Lula não use o seu poder de veto ou sua influência para agradar o governador Cabral.

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