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Que lição podemos tirar da violência cometida contra as crianças de Realengo?

O que leva um indivíduo considerado bom aluno, filho tranquilo, sem vícios e sem qualquer antecedente criminal a se armar, invadir uma escola repleta de crianças indefesas e disparar de maneira tresloucada, buscando ferir mortalmente os que encontra pela frente? Esta é a pergunta que o Brasil está se fazendo e não encontra uma resposta plausível. E acho difícil que venha encontrá-la no curto prazo, ainda que conte com a valoroza ajuda dos especialistas. O triste caso ocorrido na manhã de ontem na pacato bairro do Realengo, distante 30 km do centro do Rio de Janeiro, surpreendeu o país, acostumado a "ver" este tipo de violência acontecer no 1º mundo. Pois bem, desta vez experimentamos nós o mesmo veneno. Ele é amargo, provoca forte pressão no peito e trança um nó na garganta. É uma dor insuportável! É difícil de acreditar que esta história tenha ocorrido em nossas paragens. Infelizmente estamos acostumados a violência, mas não deste tipo! Ainda não está claro o que verdadeiramente motivou o jovem de 22 anos a adentrar a escola municipal do bairro, armado de dois revolveres, e invadir as classes atirando em direção dos alunos que assistiam suas aulas. Espalhou o terror, matou 12, feriu vários e depois, atingido no abdomem por um polícial, suicidou-se. O governador do Estado, Sérgio Cabral e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, tentaram explicar o inexplicável. Sem sucesso! E ninguém consegue. A presidenta Dilma Rousseff, que participava em Brasília de uma cerimônia importante, interrompeu o evento e com a voz embargada e lagrimas nos olhos pediu um minuto de silêncio em homenagem aos "brasileirinhos que nos deixaram antes do tempo". Os amigos e familiares das vítimas estavam inconsoláveis; e a reação não poderia ser diferente. Maes e pais deixaram seus filhos "na segurança de uma escola pública", o que deve ocorrer todos os dias em cantos diversos do nosso pais, e partiram tranquilos para os seus afazeres. De repente, foram chamados às pressas para tomar conhecimento da tragédia. Os pais que tiveram seus filhos atingidos, desesperaram-se; os que viram os seus sãos e salvos, respiraram aliviados. No entanto, a dor pelos feridos e mortos uniu a todos. O clima continuará pesado até o enterro das crianças. Depois terá inicio a discussão sobre como fazer a prevenção contra este tipo de violência. Será que virará moda, ou seja, será repetida em algum outro canto do nosso país? Quero acreditar que não! Rezo para que não volte a acontecer. De qualquer forma, até para aliviarmos a nossa dor, precisamos discutir o caso a fundo e encontrar uma fórmula que impeça a sua volta. Hoje, assim como ontem, será difícil pegar no sono!!!

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