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Populista, mas nem tanto!

A decisão do governo argentino de expropriar a YPF e colocar para correr arrogância da petrolifera espanhola Repsol, não há dúvidas, foi populista sim. Até hoje a turma da presidente Cristina Kirchner está vibrando com a reação positiva de boa parte da população. E como em terra de cego quem tem um olho é rei, a oposição também está apoiando a medida. Somente uns três ou quatro congressistas se confessaram contrários. Por agora sofrem com presssões e ameaças, mas se tudo acontecer como os analistas locais e internacionais estão prevendo, não demora estarão sendo felicitados pelo atitude sensata que tomaram. Será? E melhor deixar o bonde andar e ficar atento à situação para ver por quais trilhos trafegará: o da razão ou da estupidez!. É certo que a Argentina sofrerá represálias, até para servir de exemplo a outros que possam se sentir estimulados a fazer mais do mesmo. Afinal, romper um contrato internacional e ainda à força, a banca de investimento internacional não aceita. Há meios mais "civilizados" para tanto. Porém, cabe ressaltar que a decisão argentina, apesar de populista, tinha também uma razão plausível: A Repsol, que conquistou a YPF num processo de privatização, não vinha fazendo os investimentos necessários e prometidos. O país, que era auto suficiente, passou da condição de exportador a de importador de petróleo. E gastando uma grana que não tem. Diante desta situação, Cristina Kirchener e seu grupo juntaram a fome com a vontade de comer. Deram um golpe populista para tentar resolver uma situação real de abastecimento energético. O Brasil não expropriou "ninguém" e nada indica que irá fazê-lo. No entanto, vale lembrar que muitas das antigas estatais que foram privatizadas entregam hoje aos brasileiros um produto inferior e por um valor bem mais alto que outrora. Estão enchendo as burras, mas investindo pouco ou nada. Vejam os cortes de energia, as estradas mal conservadas e o sistema de telefonia abaixo da crítica. A questão para eles não é entregar um bom produto ou serviço, mas sim remunerar cada vez melhor seus acionistas. E é o que os "privatizantes" estão fazendo, tanto no Brasil como na Argentina. É para rir ou chorar? 

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