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CENA DE "BANG-BANG" NO CANINDÉ "EXPULSA" SIMÕES
Renê Simões não é mais técnico da Portuguesa. Recém chegado, tinha a missão de tirar a Lusa do meio da tabela e levá-la novamente ao topo, onde esteve por algumas semanas, logo no início do Brasileirão da Série B. Se o trabalho de Simões daria certo ou não é outra história. Embora seu pedido de demissão tenha sido feito logo após uma derrota da equipe, não foi este o motivo. O que o levou a dar pinote do Canindé foi a ameaça armada feita a ele por um dos "conselheiros" do clube e seus dois "seguranças". Simões é um profissional honesto e de fino trato, além de competente. E não merece - não somente ele, mas nenhum trabalhador - este tipo de tratamento. A diretoria argumentou que o "invasor" é conselheiro e entrou no vestiário na base da carteirada. Os cartolas não convenceram Simões a ficar, mas informaram que mesmo assim vão registrar um BO. É o mínimo que se espera, mas o que deveriam fazer mesmo era expulsá-lo da diretoria e dos quadros do clube. Aproveitando o tema, cabe perguntar o que conselheiros e torcedores vão fazer nos vestiários antes e depois dos jogos. A ambos é reservado um largo espaço nas arquibancadas, de onde podem falar, gritar e xingar. Ir ao vestiário para pressionar técnico e atletas deve ser terminantemente proibido. O que aconteceu com Simões não é um caso isolado e nem raro. Clubes grandes e de tradição, onde se imagina que tudo é mais organizado, também franquiam seus "vestiários" a cartolas e torcedores "amigos". A CBF deveria intervir e baixar uma norma a respeito. Quanto à Portuguesa, acho que cabe uma punição.



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