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Crise mostra a "cara" da Europa intolerante
Posted by Linha de Pipa
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11:39
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A Europa moderna vive tempos inusitados. Aquele mar de tranquilidade que fazia inveja as populações do 3º mundo, tornou-se revolto. A crise financeira sem precendentes na história recente do Continente, além de ceifar milhares de empregos, cortou benesses garantidas pelo Estado e revelou uma classe política insegura e incompetente para gerir este momento difícil. Os trabalhadores vão as ruas para protestar e os políticos são trocados por outros, que prometem sacrificios e honestidade. Sinal do tempos! Em momentos com estes as disputas por "migalhas" tornam-se aguerridas e a raiva e o ódio canalizados para segmentos específicos da sociedade. Buscar um "bode expiatório" não é uma saída nova para amansar os ânimos e muito menos a ideal, mas, infelizmente para todos nós seres humanos, é ainda um caminho muito trafegado.
Competitividade
Nestas sociedades em crise, o estrangeiro, legal e ilegal, é visto como uma ameaça. E tratado como tal. Aqueles que até bem pouco tempo eram recebidos com atenção - os legais - e tolerância - os ilegais - para fazer, não raro, trabalhos menores, aqueles que os locais se recusavam, agora são maltratados, perseguidos e até expulsos do lugar. E para agravar esta situação, muitos Estados, que antes adotavam políticas de atração de imigrantes, hoje atuam no sentido oposto. Cortam escolas, atendimento médico e outros serviços que, em qualquer canto do mundo, seriam universais, ou seja, para todos, locais e estrangeiros, ilegais ou não. É nestes tempos difíceis, também, que aflora racismo e o preconceitro, abomináveis sob todos os sentidos. Impressiona que países do "berço da cultura universal", que sempre exigiram dos países terceiromundista o respeito aos Direitos Humanos, infrinja, com a maior desfaçatez, estes mesmos direitos. Hipocresia! Em alguns países do Velho Continente tornou-se um risco ser imigrante "terceiromundista". E o mesmo, até em grau mais acentuado, vem acontecendo em alguns Estados americanos. Está difícil "sair do ninho" para tentar a sorte em outros "campos". Existe sim o risco de ser abatido no caminho!
Racismo
O futebol nada mais é que um esporte. E, lamentavelmente, uma caixa de ressonância da socieade atual. Nos estádios, encontram-se todos os tipos de gente. No entanto, quando em multidão, tranformam-se em um ser único. Afinal, a multidão não tem rosto. E anônimo no meio dela, muitos seres humanos se sentem livres para cometer o que não cometeriam se estivessem acompanhados apenas de si mesmo. Hoje vemos com freqüência e, em todas as vezes, com indignação, manifestações racistas nos estádios de futebol da Europa. Os jogadores negros, a maioria deles estrangeiros, são vítimas - as vezes também fora do campo - da intolerância de alguns. Muitos já protestaram com veemência; árbitros já pararam partidas para silenciar torcidas; e alguns clubes foram punidos. Nada mudou e nada vai mudar. Ao menos enquanto o suíço Josef Blatter for mantido na presidencia da Fifa. Recentemente ele declarou, para espanto de muitos do mundo da bola, que os jogadores negros deveriam fazer ouvidos moucos as estas provocações. Um absurdo que mereceu a reprimenda de ilustres do futebol. Muitos nomes brasileiros estão entre "as vítimas" desta ignorância. Blatter, por pensar e, mais que isso, por expressar este pensamento absurdo deveria ser considerado "persona non grata" no país e, por isso, impedido de entrar em território brasileiro.



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